quarta-feira, 28 de maio de 2008

Luana Piovani interpreta mulher traída em ‘Família vende tudo’

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Decidida, independente e cheia de opiniões, Luana Piovani tem um novo desafio pela frente: interpretar uma mulher totalmente diferente de si mesma no filme "Família vende tudo", cujas filmagens têm início no próximo sábado (31) sob a tutela de Alain Fresnot (de 'Ed Mort').

A personagem em questão chama-se Jennifer, e é casada com Ivan Carlos (Caco Ciocler), também conhecido como "o rei do xique", gênero musical que, segundo definição do próprio diretor, mistura rock, funk, forró e hip hop. Estrela da música brega, Ivan Carlos vive tendo casos com as fãs e não assume o matrimônio com a desculpa de que poderia atrapalhar sua carreira.

"Ela é totalmente diferente de mim. Me surpreendeu e me deixou feliz esse convite para fazer uma mulher abandonada, submissa, jogada às traças. Corna. E ainda por cima mansa", contou Luana Piovani no lançamento do projeto, nesta terça (27), em São Paulo.

Leia, abaixo, trechos da entrevista.

Fale um pouco da sua personagem em "Família vende tudo".
Eu interpreto a Jenifer. Adoro tudo nela. É uma infeliz, mas eu, como atriz, achei tudo de bom. Ele não assume que é casado com ela, por causa do assédio das fãs. Ela sabe que ele é mulherengo e se conforma, por inércia.

Ela não vive uma vida de glamour ao lado dele?
Ela não tem glamour nenhum, ela não vai ao Faustão vestida de Dolce & Gabbana, ela fica trancada em casa e sabe de tudo. Mas as coisas se complicam quando aparece a Lindinha (Marisol Ribeiro), grávida e disposta a ter o bebê. Ela perde as estribeiras quando isso acontece. Mas ainda terá uma virada. Ela vai ter uma oportunidade na vida e vai virar estrela.

Foto: Débora Miranda/G1
Débora Miranda/G1
Ônibus do cantor brega Ivan Carlos, em 'Família vende tudo' (Foto: Débora Miranda/G1)

Como será o visual da Jennifer?
Eu imagino o figurino 'mei cafona', aquele cabelo de lado, que pende a cabeça, sabe? Bem loura e queimada de sol. Vou clarear o cabelo, fazer alongamento. Imagino que ela deva usar aquelas calças justas, scarpins, blusa com nozinho.

Você é famosa por sua postura totalmente oposta à da mulher oprimida. Como recebeu esse convite?
A Jennifer é totalmente diferente de mim. Me surpreendeu e me deixou feliz esse convite para fazer uma mulher abandonada, submissa, jogada às traças. Corna. E ainda por cima mansa. A gente batalha tanto pelos direitos da mulher, mas o Brasil é grande e ainda não muito intelectualizado. Ainda há muitas mulheres assim.

Por que você tem feito muito mais teatro e cinema do que televisão?
Porque é bem mais legal, bem melhor e bem mais gostoso. Teatro é a minha paixão, é o que alimenta a minha alma. Cinema é diferente. Mas acho o exercício da televisão importante. Novela é assim: num dia você acorda santa e no outro o autor decidiu que você vai para um bordel. Eu tinha um projeto de um programa infantil para a TV, mas ninguém se interessou. Bati em todas as portas e só queriam me dar novela. E novela eu não quero fazer.

Foto: Débora Miranda/G1

E quais são seus planos para teatro?
No segundo semestre estréio um monólogo "Pássaro da noite", que mostra uma mulher sozinha, que leva uma vida careta. Num dia ela enlouquece e tem um branco. Aí vê o filme da vida dela. Lembra do amor que ela não deu atenção, dos relacionamentos descartáveis, das poucas amizades verdadeiras. Tudo narrado com humor negro. Para o ano que vem estréio "O soldadinho e a bailarina". Já estou fazendo ballet, comendo o pão que o diabo amassou. Tenho muita dor no pé, mas é bom. Eu saio da aula leve. Estou fazendo aulas de canto também, porque é um musical.

Você prefere se dedicar a espetáculos infantis?
O que é bom da criança é recebê-la depois do espetáculo e ouvir as pérolas. Porque criança é sincera. Não gostou, faz bico e pede para ir embora. Já adulto é acostumado a fazer social.

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